Pandemia e alta no dólar afetam importação de veículos em mais de 70%

A Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Frabicantes de Veículos Automotores) divulgou os dados das importações de veículos para o Brasil referentes à abril. E, assim como as vendas dos modelos nacionais, houve uma queda brusca. Mas, nesse caso, não só o isolamento social foi o principal responsável, o fator decivido para esse declínio foi a ascenção disparada do dólar.

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De acordo com o órgão, as 15 marcas filiadas a ele tiveram uma queda de 64,1% de licenciamento no mês de abril, com apenas 750 novas unidades vindo de fora do território nacional, comparado à março quando foram vendidas 2.090 unidades importadas.

Se levar em consideração o mesmo mês de 2019, quando foram vendidas 2.950 unidades importadas, a queda fica ainda mais acentuada, com uma retração de 74,6%. Com esses resultados, o primeiro quadrimestre do ano fechou com queda de 24,2%: 7.915 unidades contra 10.446 emplacamentos de veículos importados.

“O cenário de nosso setor, nos últimos dois meses, nos mostra que corremos sério risco de desestruturação total da rede de concessionárias. Por isso, no último dia 17 de abril, protocolamos junto à Secretaria Geral de Presidência da República ofício por meio do qual solicitamos medidas emergenciais em favor do setor”, declarou João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.

Entre as medidas emergências adotadas pela entidade estão a redução da alíquota de importação, de 35% para 20% e redução sobre IPI, incidente sobre os veículos automotores importados, com o intuito de estimular o consumo.

Na avaliação de João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa, “as 15 marcas associadas à entidade são responsáveis por uma rede de concessionárias com 450 pontos de atendimento com 17,5 mil postos de trabalho. Trata-se de um setor responsável pela complementariedade de produtos, pelo balizamento de preços de veículos automotores em relação aos demais mercados internacionais e por trazer ao País as principais tecnologias veiculares. Por esse princípio, o setor não pode desaparecer”.

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