Análise: Frankfurt coloca o novo mundo dos carros nas ruas

O Salão de Frankfurt bate um retrato do atual momento da indústria automotiva na Europa, o acordo de Paris e a busca pelo objetivo que poupa o meio ambiente, reduz emissões e produz carros mais amigo do homem, digo em relação ao mundo dos híbridos e elétricos.

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Nova realidade que filtra as apresentações dos fabricantes e deixa o público que respira gasolina meio que na sala de espera para adaptação do que está no line up da mostra internacional considerada a maior em metro quadrado do mundo.

Pequenos motores elétricos já se tornaram coadjuvantes daqueles que são alimentados por combustível fóssil e juntos estão poluindo menos e economizando mais. Frankfurt torna presente o caminho que centenas de mercados pelo mundo devem seguir: a eletrificação com base no efeito plug in ou não.

O carro elétrico, por aqui, no Primeiro Mundo, aparece em pequenas quantidades, modelos e mostram uma participação de mercado restrita, dirigida a um público seleto. Vocês concordam comigo? O Brasil será cada vez mais híbrido com as combinações mecânicas que não dependerão necessariamente de postos de abastecimento e infraestrutura para dar “combustível” ao veículo.

Carros eficientes (econômicos) estão ganhando cada vez mais posição de destaque. Assinatura observada em cada esquina nos pavilhões do IAA. Espere essa nova realidade para as versões eletrificadas de modelos. E escrevo aqui sobre o Land Rover Defender – esse também será vendido como híbrido.

Na super esportividade, longe de achar estranho a ajuda de propulsão lançada pela Lamborghini no hipercarro Sián. Fazia tempo que não via tantos contornos externos em Carbono. Recordo aqui o motor elétrico de 34 cv que “impulsiona” a força com o V12 para juntos somarem 819 cv. Na casa do milionário, na Europa, o híbrido, por US$ 3,6 milhões. Apenas isso. Sem contar os impostos sobre o valor.

Entre os compactos, o outro termo, com 100% da energia sem depender da gasolina, está o ID da alemã Volkswagen. O porte é semelhante ao do Golf e a riqueza de acabamento e tecnologia me revela a Volks que eu esperava. Não a que vejo com seu portfólio Brasil. Mas por aqui são outros quinhentos e outro mercado. Outro custo.

O europeu dos veículos menores também começou a exigir mais eficiência dos motores a combustão (o carro tradicional). Difícil seria entender no Brasil, o Hyundai i10, por exemplo, com motor um litro e 67 cavalos apenas. O mesmo serve para outras marcas como a Opel e o eficiente uso urbano do novo Corsa. E a empresa pertence ao grupo PSA. De fora do salão com Citroën e Peugeot.

Elétrica
Realidade projetada para o Taycan. Acho que todos aqui já leram ou assistiram o vídeo do Porsche elétrico que polemiza nas entregas de versões Turbo e Turbo S. Já pensou? Preciso entender melhor a nomenclatura turbinada. O esportivo não surge como o mais bonito da marca mas cumpre a função de ser o primeiro veículo dessa categoria do fabricante de Sttutgart.

Explicar a BMW praticamente com todos os carros eletrificados. Uma versão, ao menos, de cada modelo, tem a letra (e) na terminação do número. E por aqui, o novo Série 3 330e que será lançado no Brasil no próximo ano. O i8 e o i3 viraram paisagem diante do destaque: Concept 4. O que vem por aí para entrar no lugar da Série 4 é visualmente implacável e como penso que devo sempre dar uma chance aos designers vejo que essa grade bocão (como um dia trocou a Audi) pode virar o jogo com as críticas a favor.

Mais alemão?
Mais lenta no processo de eletrificação diante dos seus oponentes, a Audi mostra o belo e forte RS7, a musa das peruas, RS6 e a certeza que no time das argolas, por enquanto, além do e-Tron, o negócio é a pisada raiz sem a forcinha do lado elétrico, por enquanto. O Q3 em seu estilo coupé também estreia no arrojado espaço mas esse só irá para o Brasil no ano que vem.

Na Mercedes-Benz vi pouco a não ser o que já tinha observado de perto. Pontuo aqui três veículos: Classe A AMG, novo GLC 43 AMG e o GLB de sete lugares de refinado acabamento. Estações para conectar o cliente com o universo da central MBUX circulam o estande da MB que também explora o crossover eletrificado EQC 400.

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