Honda HR-V Touring: vale a pena comprar a versão topo de linha?

A Honda lançou duas novas versões do HR-V 2023 que chegam com a esperada motorização turbo. Advance e Touring complementam a gama e custam, respectivamente, R$ 176.800 e R$ 184.500. Ao comparar com as primas aspiradas, de pouca força nesse caso, a diferença entre elas fica na casa dos R$ 35 mil.

Mas vale a pena ter o HR-V Touring? Ou manter a boa conta do equilíbrio para economizar em tudo. No seguro, no combustível e, em alguns casos, dependendo do Estado, no IPVA.

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A resposta é: depende. E você vai entender a razão. Apesar de ser o mesmo carro, as versões têm propostas bem diferentes. Nas aspiradas, o powertrain é voltado para um uso mais urbano e, prova disso, é a menor cavalaria e menor consumo por litro. Chegamos a medir até 720 Km com um tanque. Isso é vantagem.

No HR-V de entrada, EX ou EXL (intermediário), o consumo urbano fica na casa dos 12,7 km/l, alimentado com gasolina. Os 126 cv de potência são suficientes para o uso diário, ida ao trabalho, compras no mercado e afins. Dá para conviver com isso e ser feliz. Por que não?

E quanto ao turbo? Vamos lá, na estrada, testamos a versão Touring, suspensão firme e agradável de dirigir em uma viagem de pouco mais de 180 quilômetros de distância. A convite da Honda, viajamos com o carro do centro de Florianópolis até a praia do Rosa. Em seguida, o trajeto foi de retorno ao aeroporto de Florianópolis. Mal deu tempo para se despedir, mas deu para sentir o turbo.

Quando avaliamos pra valer a versão turbinada, a história é outra. O motor tem fôlego de sobra. Pode apostar na boa relação peso potência. São 177 cavalos e 24,5 kgfm de torque. O 1.5 aspirado é bem mais calmo. São 126 cv a 6200 rpm com gasolina/etanol e torque máximo de 15,8 kgfm com etanol e 15,5 kgfm com gasolina a 4600 rpm.Para quem gosta de uma tocada mais esportiva, o SUV com motor turbo é o ideal. Incomparável nesse ponto de esportividade.

As ultrapassagens são fáceis e toda a tecnologia de assistência à condução, Honda Sensing, assim como o pacote de segurança, deixam a viagem mais tranquila. Boa para o sensorial do carro presente em todos os modelos. Segurança não é opcional em nenhum dos carros.

Mas o que de fato vimos foi o consumo médio bem acima dos números oficiais (12,6 km/l – gasolina). No fim do trajeto, o computador de bordo marcava 14,4 km/l. Uma variação a favor do condutor. Mas depende muito do seu modo de direção. Se for mais afoito poderá consumir mais, claro.

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Se você tem sobrando os R$ 35 mil no bolso, pode investir, sem medo, na versão topo da gama do HR-V que entrega uma direção leve, elétrica e o mesmo bem-estar do turbo. Por outro lado, se é um condutor mais cauteloso, que preza pela economia a bordo, o investimento não fará sentido. Neste caso, opte pela gama dos aspirados que atendem bem e têm uma boa rodagem. E vá de EXL.

No acabamento, a versão Touring (topo de linha) se diferencia em alguns aspectos da Advance: A mais completa chega com ajuste elétrico do banco do motorista, molduras externas pintadas em preto, partida remota do motor, tweeters traseiros, rodas exclusivas (melhores) e abertura automática da tampa do porta-malas. No visual, o volante da Touring tem apliques em preto piano e remete ao luxo. Sem contar que o carro dá para ser ligado à distância pelo botão da chave.

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