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FCA e Renault podem anunciar fusão e criar gigante do setor automotivo

As notícias do mundo automotivo foram aquecidas nesta segunda-feira (27) com a informação de que a Fiat-Chrysler (FCA) fez uma proposta de fusão à Renault, o que poderá dar origem a um novo gigante da indústria automotiva com valor de mercado global de 32 bilhões de euros (partindo da avaliação na bolsa dos dois fabricantes). A informação é da Revista Turbo. Segundo a publicação, a proposta foi feita pelo grupo italo-americano, que convida os franceses para uma fusão para dar lugar a uma empresa que seria liderada a partir de uma holding na Holanda.

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A Fiat explica que a junção de esforços permitiria uma poupança anual combinada de 5 bilhões de euros e que “um portfólio complementar de marcas permitiria cobertura total do mercado, das marcas de luxo às generalistas”. Nas informações sobre a proposta, segundo a Turbo, é reforçado que este plano não prevê o fechaento de fábricas. Em vez disso, ele vai focar na eficiência dos centros de produção através da partilha de plataformas, motorizações e demais tecnologias.

A Renault confirmou “a proposta amigável” e que “estuda com interesse” a oferta da FCA. Mike Manley, o CEO do grupo italo-americano, explicou que um negócio desta magnitude pode demorar pelo menos um ano para ser fechado.

Proposta

A fusão pretende criar uma empresa entre Fiat-Chrysler e Renault que seria detida a 50-50, dando ainda inicialmente condições especiais aos investidores da Renault e um prêmio especial de 2,5 bilhões de euros em dividendos aos acionistas da FCA. O objetivo passa por colocar como Presidente da empresa John Elkann, neto de Gianni Agnelli que está à frente da Exor (que seria a futura maior acionista da “Fiat-Renault”). Já para CEO a escolha deveria recair sobre Jean-Dominique Senard, o atual Presidente da Renault.

Em termos de peso no mercado, isto poderia significar a criação de um novo gigante. Em 2018, os Grupos FCA e Renault produziram um total de 8,7 milhões de automóveis, à frente de outros fabricantes como a General Motors e a Hyundai. Mas vale lembrar que a Renault forma hoje uma aliança com a Nissan e a Mitsubishi, pelo que ao juntar os registos de vendas destas parceiras significaria claramente o primeiro lugar mundial de vendas, superando a Volkswagen e a Toyota.

Aliás, a grande questão de momento está na forma como esta potencial “Fiat-Renault” se conjugaria com a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi (RNM). No entanto, segundo a FCA, os lucros anuais para toda o grupo RNM podem ser de 1 bilhão de euros (além dos 5 bilhões já referidos para a Renault e Fiat-Chrysler). E a Nissan, de quem a Renault possui 43,4% do capital acionista, seria convidada a nomear um dos diretores da nova empresa criada na Holanda, segundo a Turbo.

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